quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Big Brother Chile




Pronto, acabou o resgate dos mineiros do Chile. Pode ser com atraso, ou espírito de porco (isso tenho de sobra), mas ao ver cada um dos 33 homens sair com uma disposição insuspeitada para condição tão inóspita vi que a empreitada teve ares de Big Brother. Só faltou mesmo o bom e velho Pedro Bial. E teve de tudo: um saindo aos berros, entoando grito de guerra, aliás aquele que a torcida do Chile fazia no sonoro 4x0 imposto ao Brasil na Copa América de 1987, outro fez embaixadinha e saiu agarrado com a bola (foi jogador de futebol na juventude), ajoelhados rezando.

E, por último, a história das histórias. Durante o confinamento, a esposa de um deles (Johnny Barrios) descobriu que o companheiro enfeitava-lhe a testa com ornamentos bem menos suaves que flores. Arretou-se, com razão. Avisou que não iria receber o marido e nem acompanharia o resgate pela tv (duvido muito). Para não ficar mal na fita sendo o único com síndrome de cachorro vira-lata, a amante, Susana Valenzuela.

O problema é que o cara achava que a condição claustrofóbica onde se encontrava faria com que todas tivessem peninha dele. Só que juntar a oficial e a parelala nem com 700m de rocha sobre o quengo, meu velho. A corna Marta foi taxativa: “ou ela ou eu”. Não desceu do salto de seu orgulho de fêmea ferida e mostrou que não há buraco onde se esconda um chifre.

Vibrei quando soube da história, pois àquela altura do campeonato, ele foi o 21º resgatado, até os aplausos das pessoas que acompanhavam o resgate já estava ficando meio xoxo. Nem Nelson Rodrigues pensaria em tão curioso desfecho para um triângulo amoroso.

É ou não é BBB? Prova de comida, traições, cartas de família, comida racionada e parentes lacrimejantes na saída. E, para completar, merchandising. Ou ninguém percebeu que os óculos dos 33 mineiros eram da Oakley? Quanto será que ela pagou, hein?

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