segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Número seis


Os números são frios. Quem nunca leu, ouviu e disse isso antes? Mas não há frase mais batida, surrada e repetida que essa para explicar o susto que levei com o sexto lugar do Brasil na lista das maiores economias do mundo. Tudo bem, o País gerou riqueza. Mas só isso? Para onde ela foi? E mais imporante, para QUEM foi? Com as vítimas das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro eu sei que não está. Com as brasileiras gestantes que esperam até quatro meses para um simples exame de ultrassom eu sei que não está. Com osprofessores do Rio Grande do Norte eu sei que não está.

Talvez essa riqueza esteja sendo gasta para aparelhar a guerra urbana. Ou em diáspora do bolso do contribuinte para o ralo do Estado. E ainda queriam o retorno da CPMF! Ou, então, tadinha da riqueza do Brasil. É tão novinha que não aprendeu a dirigir direito e tomou a estrada errada.
Isso sem falar na famigerada taxa-buracos, o assalto institucionalizado que os pernambucanos são vítimas todos os anos. Eu poderia escrever páginas e páginas sobre isso, mas vou parar por aqui. Acho que já me fiz entender – e espero que me faça ler também. Temos outro sexto lugar, talvez que se encaixe bem melhor com o que vemos nas ruas e não nas calculadoras:
Só mesmo um absurdo desse me fazer quebrar o silencio de sete meses no blog...

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