quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Estréia

Em primeiro, vai a explicação do nome. É uma frase de meu poeta preferido, Arthur Rimbaud. Está num poema dele e aplicou-se direitinho à sua vida. Parou de escrever aos 20 e viajou ao desconhecido em busca de dinheiro e aventuras. Já estou com 30, mas gostaria de parar de escrever também e seguir o mesmo caminho dele... Até estou tentando mas, claro, de uma forma condizente com o segundo milênio.

Mudar é um verbo que tenho grande apreço. Duas frases que já li sobre ele me deram as duas faces da moeda. Todo mundo tem medo de mudanças porque elas nos conduzem a algo que não conhecemos. Não sei se era assim, literalmente. Enfim, foi a idéia que me passou. A outra: Só muda quem pensa. Essa foi ipsi literis (é assim que se escreve?)

Gosto disso. Mudar. Não só eu como tudo que me cerca. Às vezes sou taxado de não saber o que quero por estar sempre tomando outra direção ou simplesmente fazer algo diferente. Será que sou mesmo? É bom olhar pra trás e ver que não segui o mesmo caminho, que mudei no meio do caminho mesmo sabendo que poderia ser feliz na chegada. Claro, dá um medo danado - a primeira frase que eu citei. Mas custa dar a cara para bater ao menos uma vez na vida?

Bom, é com o espírito da mudança e para pôr pra fora meus diabinhos que deitaram morada na barafunda da minha cabeça que me meti aqui. Tomara que essas teclas sejam o exorcista que estou precisando.

4 comentários:

Renatinha disse...

Adoro diabinhos pra fora. É bom que aliviam o inferno dentro de nós! Bem vindo ao clube, e obrigada por nos dar, a partir de agora, o prazer de leitura agradável, "cabeça-cafuçu" e sincera. =*

nobody disse...

Mas é que a vida não informa se estamos no caminho certo. A gente só sabe se a festa foi boa quando ela acaba...
"Caminhando e cantando e seguindo a canção..."

Chega aí! puxa uma cadeira... ;^)

Céu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Trilha Zero Consultoria disse...

Interessante teu texto incial, confesso que provoca curiosidades para o que vem a seguir. Conheci a frase ( O EU É UM OUTRO), quando estudando antropologia filosófica (com um psicólogo, sic!) no RJ, entrei no google para ver como ficaria no original (frances) e acabei vindo para no teu blog. Bom é isso, deixei este post, para te incentivar a continuar. abraço, sorte, saúde. Nelson