domingo, 13 de junho de 2010

É o fim (da paciência)

Como demorei a concluir a tal história descrita abaixo, cuidarei disso agora da maneira mais breve possível.

Aliás, desisti. Não vou concluir, vou descrever o que seria a conclusão, uma espécie de making off.

Depois da promessa torta, os dois ainda demoariam uns três anos para casar. E o cara lá na maior seca, mas mantendo-se fiel à namorada (só na ficção mesmo). Na noite de núpcias, quando estava pronto para consumar o ato uma tragédia abateu-se sobre o casal. A mulher teve um piripaque e morreu dura, nua, na cama.

Ele a enterrou e passou três dias e três noites chorando sem parar. Não apenas pela perda do amor, mas por não ter conseguido vocês sabem o quê. Até que no quarto dia a ira apossou-se de seu ser e o danado foi de picareta a tiracolo ao cemitério.

Abriu a catacumba, arrancou a tampa do caixão e pôs-se a fornicar com a defunta ali mesmo, tendo morcegos e vermes por testemunha. No dia seguinte, a cidade inteira amanheceu em polvorosa. Obviamente o esposo virgem era o principal suspeito e não foi muito difícil encontrá-lo. Através do DNA no esperma chegou-se ao Romeu violador. Trancado num manicômio judiciário, os guardas sempre o ouviam dizer no final da tarde: consegui, consegui...

PS: a inspiração para a história partiu de um caso real de violação numa cidade do interior de Pernambuco.

Um comentário:

Renatinha disse...

Tacaporra! O que a revolta não faz com uma criatura?! E também a privação, a decência e a paciência. É ferro na boneca, ou melhor na presunta! kkkkkkkkkkk