domingo, 22 de agosto de 2010

O dia que nos tira da zona de conforto


Descobri o verdadeiro motivo do ódio ao domingo. Não tem nada a ver com a doentia preguiça do ser humano – principalmente nós, predominantemente católicos (isso eu explico depois). O domingo marca o fim, embora seja culturalmente lembrado como o primeiro dia da semanda. Isso é dedutível – ou deduzível – porque o posterior a ele chama-se segunda-feira.

Então deixemos de travessões e parênteses e partamos para o objetivo – olha o parêntese de novo, blog parece dar esse vício de falar consigo mesmo, ainda mais o meu que ninguém lê, hohohohohoh. Enfim, retomarei de onde parei. O domingo marca o fim do fim de semana, aqueles dois dias em que podemos fazer tudo: beber, dormir até tarde, comer besteira, ouvir música alta, ir à praia e outras tantas que não lembro no momento. Mas o fim também nos leva a um recomeço.

E esse recomeço atende pela segunda, o início da semana. E aí vem a bronca. É um desconhecido, o futuro, o vazio. Quem lá tem ideia do que vai acontecer a partir do que vem adiante. Temos futurofobia desde que pisamos neste planeta ainda como uma espécie de macacos – para uma corrente – ou Adão e Eva vagavam nus pelo paraíso – para a outra corrente.

O desconhecido é como uma espécie de Besta – nesse caso uma bestinha, vá lá. Que nos tragará para os mais profundos ciclos do inferno, nos tirará de nossa zona de conforto. E aí, meu amigo, fale em tirar alguém da zona de conforto para você ver uma fera. Entendendo-se que zona de conforto não tem nada a ver com a preguiça citada lá no topo. É o sujeito ficar onde está, se achar bem porque já montou toda a barraquinha dele daquele jeito e não admite que ninguém o mude de lugar.

É isso que a perspectiva da segunda-feira nos faz, ameaça a nossa zona de conforto. Ninguém sabe se no dia seguinte vai estar uma chuva daquelas ou um sol rachar a moleira. Se a mulher, ou marido, estará de bom humor. E o chefe? A carga de trabalho pode ser monstruosa. Medo, medo, medo. Tudo se resume a isso.

Eu mesmo tô aqui apavorado. E você?

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